domingo, 18 de março de 2012

Tremores de terra em algumas cidades!?!

==Taubaté==
É o segundo tremor em quatro meses. Motivo ainda é descohecido.
Aconteceu de novo. Quatro meses depois, um misterioso barulho voltou a deixar os moradores de Taubaté curiosos. Dessa vez, o estrondo foi ouvido em um número menor de bairros. Mesmo assim, assustou muita gente.
José Geraldo estava dentro de casa quando sentiu o tremor.
"Barulho feio, nossa. Explosão feia! Tremeu a casa, tremeu o vitrô do rapaz ali", diz o aposentado.
José Prudente, que mora na mesma rua, no bairro Vila Bela, também ouviu o barulho.
"Primeiro veio o estrondo, logo após o barulho, e como se fosse um deslocamento de ar, balançando as janelas do quarto. Aonde eu saí pra rua e a vizinhança toda tava na rua já, por causa do barulho, querendo saber o que tinha acontecido, se era acidente, alguma coisa", diz o metalúrgico José Prudente.

Mas os relatos não ficaram restritos ao bairro Vila Bela. No site Vnews, o barulho misterioso foi o assunto mais comentado do dia. Internautas de diversas regiões de Taubaté -- como o distrito de Quiririm, o Portal da Mantiqueira e as Chácaras Reunidas -- também afirmaram ter sentido o tremor. No CECAP, por exemplo, uma mulher achou que tivesse acontecido uma explosão no prédio em que ela mora. Muitos curiosos também ligaram para a Defesa Civil. Todos em busca de uma resposta para o suposto fenômeno.
"São pessoas que ligavam pra tentar descobrir o que aconteceu, considerando que eles também ouviram o barulho novamente, mas nós não temos registro de nada de anormal em nossa cidade", contou o presidente da Defesa Civil, José Ferreira Dias.
É a segunda vez -- em quatro meses -- que esse tipo de mistério perturba Taubaté. No dia 12 de novembro do ano passado, um barulho foi ouvido em quase toda a cidade. Na época, a causa também não foi descoberta. Dessa vez, o susto passou rápido, mas a dúvida continua.
"Todo mundo curioso aí, né? Saber o que que é", conta um morador.
"Pra ser só um porto de areia, ou um pneu, ou um motor explodindo, é quase impossível, pra ter escutado tão longe, e o tremor ter chegado até aqui também", diz outro morador da cidade
"Continua a dúvida, já é a segunda vez que isso acontece, é estranho realmente... Mas não tem nada de concreto! Mesmo pesquisando outros órgãos públicos, nós não obtivemos resposta exata também", diz José Ferreira.
A redação entrou em contato com diversos órgãos, como o Corpo de Bombeiros, a Força Aérea e a Companhia de Gás que atende Taubaté. Mas não houve nenhum registro de algo que pudesse explicar esse barulho.

==Taquaritinga==
Sismógrafos do IAG-USP (Instituto de Astronomia e Geofísica) monitoram a ocorrência de pequenos tremores relatados por moradores de Taquaritinga nas últimas semanas. O aparelho deve permanecer instalado na Faculdade Uniesp Santa Giulia pelo menos até este sábado (27), quando os pesquisadores do instituto visitam a cidade para recolher as amostras da frequência sísmica dessa região. A informação é do técnico José Roberto Barbosa, que acompanha a atividade sismológica em diversos pontos do Brasil.
Coincidentemente, nesta semana Barbosa acompanhava os trabalhos desenvolvidos em Bebedouro e soube do caso registrado em Taquaritinga. Por isso, segundo ele, o sismógrafo foi instalado na cidade. “Já que estamos na região, resolvemos deixar o aparelho esta semana para saber qual a magnitude dos tremores”, explica. “Porém, não temos nenhum compromisso de pesquisa nesta cidade, a não ser que os resultados justifiquem a necessidade”, completa.
Enquanto isso, o profissional não se arrisca a falar de suposições, uma vez que a análise só poderia ser feita após um acompanhamento sísmico. “A origem dos tremores pode ser natural ou artificial. Só com tempo, se os tremores voltarem, e forem registrados, aí pode ser identificado o tipo de atividade, o tipo de fenômeno”, afirmou.

Casos em Bebedouro
No fim de 2004, o grande número de tremores em Bebedouro chamou a atenção do IAG. Em março do ano passado, o instituto instalou uma rede de dez sismógrafos na cidade. Desde então, foram registrados milhares de pequenos tremores, afirma Barbosa. Segundo ele, o de maior intensidade chegou a 2,9 graus na escala Richter e foi registrado em 30 de março.A suspeita, naquele município, é de que os tremores sejam causados pela grande quantidade de poços artesianos escavados na cidade. “Há um grande número de poços na cidade, mas os dados ainda estão sendo analisados”, explica Barbosa. A pesquisa ainda não foi concluída.
O Laboratório de Sismologia do IAG possui pontos de observação em tempo real nos cidades de Sorocaba (SP), Valinhos (SP), Nova Friburgo (RJ), Angra dos Reis (RJ) e Guarapari (ES). Na estação em Bebedouro os dados são recolhidos digitalmente e retirados periodicamente.Moradores acordaram na madrugada por causa do barulhoOs tremores de terra seguidos de fortes estrondos continuam intrigando a população de Taquaritinga. O de maior impacto aconteceu por volta das 5h da madrugada da última segunda-feira (22), quando moradores de vários bairros da cidade se assustaram com o barulho e ao verem os móveis trepidando. Alguns chegaram a
sair de casa com medo e ligaram para a Polícia Militar. Segundoinformações, dezenas de chamadas foram registradas na PM com a mesma descrição do caso. As pessoas também relataram o fato no programa Canal Um é Notícia. Com a repercussão, os tremores ganharam destaque na imprensa regional, que visitou o município para colher depoimentos de quem presenciou o sismo.
É o caso de dona Silvia, moradora na rua Padre Vicente Ruffo, no Jardim Contendas. Ela acordou apavorada com o barulho na madrugada de segunda-feira. “Tremeu tudo, a janela, os copos, e eu cheguei a sair de casa para ver o que estava acontecendo, mas, não era nada; minha filha falou que a cama dela tinha tremido; nunca vi coisa igual”, relata a dona de casa. Segundo ela, dois dias antes, a família também sentiu o tremor, mas, com menor intensidade. “Quando saí de casa depois do estrondo pensei que era uma batida de carro, mas, acabei encontrando meus vizinhos para fora, também, reclamando da mesma coisa”, disse outro morador.

==Ibirá==
O estrondo sentido por moradores de Ibirá e região pode ter sido um tremor natural ou provocado por tubulações subterrâneas para retirada de água. O Departamento de Sismologia do Instituto de Astronomia Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG), da Universidade de São Paulo (USP) investigará o fenômeno que causou medo e curiosidade aos moradores da região.
De acordo com os relatos de moradores de Ibirá e Uchoa, um grande barulho foi ouvido e em seguida o tremor que chegou a movimentar móveis e objetos no interior das residências. Baseado nos relatos recebidos até o momento o técnico do Departamento de Sismologia da USP, José Roberto Barbosa, estima que o tremor pode ter sido de magnitude menor que 2 pontos na escala Richter. Entretanto, para que haja a dimensão do abalo será necessária análise dos dados colhidos pela estação da USP em Bebedouro. Outra via de investigação são os próprios relatos da população.
“A nossa estação de Valinhos não registrou o possível tremor sentido na região de Ibirá devido a distância. Será necessário observar se a estação de Bebedouro, a mais próxima de Ibirá, registrou a atividade. Além disso é muito importante que as pessoas que sentiram o possível abalo nos relate o que presenciou, pois essas informações também podem nos auxiliar a chegar a uma conclusão sobre a magnitude do possível tremor e suas causas”, explicou o técnico.
Barbosa explicou que o tremor pode ter sido natural, ou seja, provocado por movimentação natural das placas tectônicas, ou provocados pela exploração do subsolo através de tubulações metálicas. “Essa região tem muita atividade de extração de água do subsolo com uso dessa tubulação que pode provocar a movimentação das placas. Mas, a princípio, trabalhamos com a possibilidade de o sismo ter sido provocado por causas naturais”, completa.
O técnico conta que é natural o estrondo relatado em casos de tremor e explica porque pessoas relatam ter ouvido apenas o barulho e não ter sentido o tremor. “As pessoas que estão próximas ao epicentro escutam o som, o estrondo, e o tremor. É como jogar uma pedra em uma bacia com água, a medida que as ondas se distanciam do local onde a pedra caiu vão se suavizando e dependendo da distância não é percebido, mas o som, o eco, chega”, explica.
Barbosa exemplifica que desde 2005, quando foi instalada a estação de Bebedouro, milhares de micro tremores foram registrados na região e grande em grande parte deles está associada às tubulações.

Investigação x recursos
O técnico da USP deverá ir até Bebedouro dentro de um mês para analisar se a estação localizada naquela cidade registrou o fato. Segundo explicou Barbosa ao Notícia Online, os equipamentos que a USP possui para estudar esses fenômenos são da década de 90 e não transmitem as informações em tempo real. O técnico contou que, com apoio da Petrobrás, será instalado um novo sistema que terá base em Bebedouro com o qual as informações serão recebidas no Departamento de Sismologia em tempo real. “Quando tivermos instalado o novo sistema saberemos informar o que houve no momento que o possível tremor acontecer. Hoje temos que nos deslocar até as unidades e os recursos financeiros são insuficientes para cobrir todo o espaço necessário”, explicou.
O novo sistema cobrirá todo o território brasileiro. A USP monitorará as estações das regiões Sul, Sudeste e parte do Centro-oeste.

Comum
José Roberto Barbosa conta que embora não seja um fato corriqueiro, a ocorrência de tremores de pequena magnitude é normal em todo o país. Ele diz que não há motivos para pânico porque as condições geológicas do subsolo brasileiro não são favoráveis a ocorrência de tremores de grande magnitude. “Nós não dizemos que nunca vai acontecer, mas podemos dizer que a probabilidade de ocorrência de um sismo de grande magnitude é bastante pequena. Quanto aos pequenos tremores, são mais normais do que se imagina. Acontecem milhares e a grande parte deles as pessoas nem percebem. Estes tremores não provocam rachaduras no solo, soterramentos, enfim, não provocam grandes problemas, apenas assustam”, explica o técnico da USP.

Região
O Departamento de Sismologia do Instituto de Astronomia Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG), da Universidade de São Paulo (USP) registrou outros tremores na região de Catanduva. O mais forte foi registrado em Catiguá em 28 de setembro de 2000 e atingiu 3.4 pontos na escala Richter. No ano passado outro leve tremor foi registrado em Novo Horizonte e Taquaritinga registrou um sismo de magnitude próximo a 1 ponto.

Relatos
O Departamento de Sismologia do Instituto de Astronomia Geofísica e Ciências Atmosféricas ( IAG), da Universidade de São Paulo (USP) pede que a população de cidades que sentiram os tremores entre em contato para relatar o que presenciaram. As informações são importantes para o estudo do caso. As pessoas podem fazer contato através do e-mail sismologia@iag.usp.br ou pelos telefones (11) 3091-4766 ou 3032-4685.


**Esse é apenas alguns casos, provas não faltam, alguma coisa está acontecendo, não vê quem não quer...**

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